O Porto Castro Alves, às margens do Rio Paraguaçu, é hoje um dos principais pontos turísticos de Santo Estêvão. O espaço que já recebeu a Lavagem do Porto, além de eventos náuticos e esportivos, nem sempre foi palco de celebrações e encontros coletivos.
Na década de 1980, com a chegada da barragem de Pedra do Cavalo, casas foram submersas, famílias desabrigadas e memórias interrompidas. A comunidade ribeirinha precisou enfrentar a tristeza pela perda de suas terras e pelo rompimento de uma forma de vida ligada ao rio.
É esse paradoxo — da dor à festa, da perda à reconstrução — que será contado no documentário sobre o Porto Castro Alves, no Rio Paraguaçu, em Santo Estêvão. O projeto tem como objetivo registrar como as famílias impactadas pela barragem resistiram ao tempo, se reorganizaram e encontraram na cultura e no turismo novas possibilidades de vida.
A produção vai mostrar a realidade atual das populações ribeirinhas, o destino das famílias remanejadas e como as manifestações culturais e artísticas ajudaram a transformar o local em referência regional.
O documentário será disponibilizado na internet e também apresentado presencialmente em salas de aula nos municípios de Santo Estêvão e Ipecaetá. A proposta é levar a estudantes e à comunidade um registro vivo de como a história local se entrelaça com a identidade cultural, destacando o poder da arte e da memória coletiva.
Hoje, o Porto é sinônimo de celebração, fé e oportunidade, revelando a força de uma comunidade que soube reinventar sua história.
O projeto tem o apoio do Conselho Municipal de Cultura e Turismo de Santo Estêvão (CMCTUR), da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, da Prefeitura de Santo Estêvão, da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal – União e Reconstrução.