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Maternidade Maria da Conceição de Jesus tem quase 70% de partos naturais

Através da junção de infraestrutura e treinamento, vem sendo possível garantir partos mais respeitosos às futuras mamães e com recursos de ponta ga...

25/05/2023 às 12h00
Por: Correio Fonte: Secom Bahia
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Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

A Maternidade Maria da Conceição de Jesus (MMCJ), em Salvador, realizou quase 1,5 mil partos nos quatro primeiros meses de 2023, dos quais 69,84% de forma natural. Ao todo, foram 1.393 partos, com 973 naturais e 420 cesáreas. “A Maternidade Maria da Conceição de Jesus é uma unidade dentro daquilo que o Governo do Estado busca de melhor para as gestantes baianas em termos de estrutura, humanização e cuidado com as pacientes e os bebês e toda a assistência que as futuras mamães merecem em um momento tão importante da vida delas. Essa atenção e qualidade no atendimento à saúde das gestantes é uma das nossas prioridades”, afirma a secretária da Saúde Roberta Santana.

Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que no Brasil, entre janeiro e outubro de 2022, a taxa de cesáreas foi de 57,6%, muito acima da taxa da MMCJ. “Aqui temos 30,16% e mais da metade é de mulheres que já tiveram cesáreas, ou seja, esse número poderia ser menor. Existem situações para essas gestantes de necessidade de indução e, nesses casos, o parto não pode ser natural”, explica Amado Nizarala, diretor da maternidade.

O mês com o maior número de partos foi janeiro, com 364 procedimentos. O primeiro mês do ano também contou com a maior percentagem de partos naturais (73,08% do total). Abril foi o mês com menor quantidade de partos (333) e março, o período com menor taxa de partos naturais (66,76%).

Nizarala também celebra o cumprimento de uma série de metas da Rede Cegonha, estratégia do MS que propõe uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis.

“Reduzimos a episiotomia a menos de 20%, cumprimos a meta de partos com acompanhante em acima de 80 %, temos a taxa de números de curetagem x AMIU (Aspiração Manual Intrauterina) em 60% – acima da meta de 50% do ministério -, temos 100% de partos verticalizados e cumprimos as metas de amamentação na primeira hora e contato pele a pele. As metas qualitativas, nós viemos cumprindo todas”, revela o diretor da MMCJ. “Estamos em busca de outras metas também. A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que é conveniente até 20% de anestesia nos partos. Estamos com 24%”.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Humanização e dignidade

Para Nizarala, toda essa qualidade no atendimento às gestantes e aos recém-nascidos tem uma explicação até simples. “Tudo isso se deve a um envolvimento da equipe assistencial com a humanização do parto. Tratar o outro como você gostaria de ser tratado. Com respeito, empatia, escuta e apoio emocional e físico. Há um envolvimento da gestão e dos trabalhadores, eles têm que comprar essa ideia ”, explica.

Assim como nas outras maternidades estaduais inauguradas pelo Governo da Bahia nos últimos anos, na MMCJ, as mulheres passaram a contar com equipamentos como bola, banqueta, cavalinho e barra de apoio, métodos que auxiliam para o alívio da dor, reforçando a relação de respeito e de cuidado que os profissionais de saúde estabelecem com as pacientes. Através da junção de infraestrutura e treinamento, vem sendo possível garantir partos mais respeitosos às futuras mamães e com recursos de ponta garantidos pelo Estado.

“Damos acesso a métodos analgésicos não medicamentosos e medicamentosos, temos um programa de doula, estimulamos a presença de acompanhante à escolha da paciente e possuímos práticas integrativas, como música, aromaterapia e dança, que são atividades realizadas para que a percepção da dor seja menos agressiva e o parto seja mais digno. Buscamos dar dignidade à mulher ao parir e dignidade para o bebê também”, atesta Amado Nizarala.

A MMCJ, inclusive, está em processo de ampliação do quadro de funcionários. No início do mês de maio, a Sesab convocou mais de 250 aprovados em Processo Seletivo para Regime Especial de Direito Administrativo – REDA. Eles atuarão em áreas de nível médio, técnico e superior, entre serviços administrativos, técnicos de enfermagem, patologia clínica e radiologia, analistas técnicos de diversas áreas, fonoaudiólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e terapeutas ocupacionais.

Em 2022, a maternidade realizou 4.135 partos, com taxa de nascidos vivos de 99,34%. Foram 2.340 partos naturais e 1.295 cesáreas, ou seja, 68,19% de partos naturais e 31,31% de cesáreas.

Projeto Tum Tum

A maternidade também vem mudando a forma de diagnóstico e tratamento de cardiopatias congênitas de fetos e bebês na Bahia. Batizada de Projeto Tum Tum, a ação da MMCJ viabiliza o diagnóstico precoce das cardiopatias por meio do rastreamento dos fetos cardiopatas e de bebês ainda no período neonatal. Com cerca de nove meses de implantação, o projeto já realizou mais de 1.200.

O rastreamento é feito por meio do exame de imagem ecocardiograma fetal, uma espécie de ultrassom realizado através da parede abdominal da grávida e dirigido ao coração do feto em gestação. O procedimento é capaz de mostrar a estrutura do órgão e detectar qualquer tipo de alteração ou anormalidade. Aliado a isso, o Tum Tum também realiza o encaminhamento dos pacientes que necessitam de cirurgia cardíaca. As cardiopatias congênitas afetam 1 em cada 100 bebês e 90% deles não apresentam fatores de risco conhecidos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Fonte: Ascom/Sesab

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